Cobra, víbora, serpente. Há algumas diferenças conceituais entre tais nomes, mas assim são chamados esses animais tão importantes e exageradamente temidos. E a melhor forma de evitarmos acidentes com as nossas colegas é por meio da informação. Confira neste artigo algumas curiosidades e dados importantes sobre como podemos viver em harmonia com elas, o que fazer, não fazer, quem acionar e para onde ir em caso de ocorrências aqui em Guapimirim.
10 dicas para evitar acidentes com serpentes
No Brasil, a taxa de mortes causadas a partir de acidentes com serpentes é inferior a 0,5%. A maioria dos casos acontece nos meses quentes e chuvosos, concentrando-se no Centro-Oeste, Norte e Nordeste. De 2007 a 2017, foram notificados ao Ministério da Saúde 56 acidentes do tipo com moradores de Guapimirim. Dessas ocorrências, 17 não tiveram a espécie identificada e 39 envolveram jararacas (Fonte: SINAN).
No Brasil, as peçonhentas são representadas por quatro gêneros:
Bothrops – jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca etc.
A jararaca é a mais envolvida em acidentes (mais de 80%), sendo muito comum em nossas matas, cachoeiras, zonas rurais e urbanas. Assim como a jararacuçu, conhecida pelo alcance do bote e por injetar grande quantidade de veneno. Soros: botrópico ou ofídico (polivalente)
Crotalus – cascavel, boicininga, maracamboia etc.
São as maiores causadoras de óbitos e habitam campos abertos de cerrados, áreas pedregosas e secas (a priori, não vivem em nossa região). Contam com um guizo ou chocalho na cauda para espantar predadores. Soros: crotálico ou ofídico (polivalente)
Lachesis – surucucu-pico-de-jaca, oito, tapete etc.
É a maior serpente peçonhenta das Américas, podendo ultrapassar quatro metros de comprimento. Mais rara, costuma habitar florestas primárias e está ameaçada de extinção, sendo difícil a observação na natureza. Soros: laquético ou ofídico (polivalente)
Micrurus – coral verdadeira
Apesar do veneno mais potente, representa apenas 1 % dos acidentes no Brasil. Vive mais embaixo da terra ou
em buracos. Foge do ser humano e não é agressiva, mas pode se defender quando manuseada. Soros: elapídico ou ofídico (polivalente)
Em Guapi também é possível encontrar várias espécies não peçonhentas, como:
O que FAZER e NÃO FAZER em caso de acidentes:
1) Jamais amarre, corte ou pressione o local, pois o torniquete pode aumentar o risco de necrose e/ou resultar em infecções e até amputação;
2) Não coloque folhas, pó de café, fezes, urina, cachaça ou quaisquer outras substâncias no local da picada, pois podem provocar infecções;
3) Mantenha o local da picada elevado e lave com bastante água e sabão, a fim de evitar a infecção por bactérias;
4) Leve a pessoa o mais rápido possível a um hospital especializado, mas a mantenha em repouso para não favorecer a absorção do veneno via corrente sanguínea;
5) Tente identificar a serpente para facilitar a escolha do soro antiofídico, mas dê preferência a fotos ou vídeos, evitando um novo acidente ou a morte do animal;
6) Entre em contato com Samu (192), Bombeiros (193) ou Polícia Ambiental (190).
E o mais importante: dirija-se a um dos polos de soroterapia mais próximos à nossa cidade:
Teresópolis – Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano
Soros: ofídico, botrópico, aracnídico e escorpiônico
Itaboraí – Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior
Soros: ofídico, botrópico e escorpiônico
Petrópolis – UPA Centro
Soros: ofídico, botrópico, aracnídico, crotálico e escorpiônico
Niterói – Hospital Universitário Antônio Pedro
Soros: ofídico, botrópico, crotálico, elapídico, aracnídico e escorpiônico
Rio de Janeiro
Hospital Muninicipal Lourenço Jorge
Soros: ofídico, botrópico, crotálico, elapídico, aracnídico e escorpiônico
Hospital Pedro II
Soros: ofídico, botrópico, aracnídico e escorpiônico
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Para resgate de serpentes, ligue para a Secretaria de Meio Ambiente de Guapimirim: (21) 2020 7123 / 4787
E para saber mais sobre o assunto, baixe aqui o guia de bolso produzido pelo Instituto Vital Brazil.