Por Vânia Fernandes – 1º de outubro de 2015
Um argentino que vivenciou períodos duros de seu país, como a Ditadura Militar, a Guerra das Malvinas e as crises de hiperinflação que o assolaram entre os anos de 1975 e 1989. Gabriel Bertazzoli, que nasceu em Buenos Aires em 1962, diz que a arte surgiu como uma esperança, uma luz, um sentido para tudo que estava vivendo na época.
“Você vê coisas que não têm sentido nenhum. E a arte foi aquilo que vi como uma porta de saída nesse mundo que me colocaram. A arte me deu a possibilidade de acreditar que havia futuro em algum lugar, me deu a possibilidade de fazer alguma coisa fora daquela loucura toda”, revela.
Foi na Escuela Nacional de Bellas Artes Manuel Belgrano que Gabriel Bertazzoli iniciou sua formação artística, na década de 90. Já morou no Paraguai, na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro, no bairro Santa Teresa. Há aproximadamente seis anos veio para Guapimirim ao resolveu trocar a vida agitada por um lugar tranquilo para se inspirar.
“Aqui (em Guapi) é mais fácil sair dos problemas e se concentrar no processo. Para criar a partir de algo que não tem nada e chegar ao público é preciso estar num lugar em paz. A frequência de uma cidade grande impede o trabalho nessa área da busca, de exploração.”
Desde 2001, o artista plástico expõe na Feira Hippie de Ipanema, Zona Sul do Rio, onde mantém contato direto com o público – o que lhe dá a oportunidade de viver somente da venda dos seus trabalhos. “Em poucos lugares do mundo você encontra essa possibilidade”.
As suas pinturas são focadas no efeito de luz sobre a superfície da tela, usando acrílicos, pigmentos, água e ar quente. Desenvolve a linguagem plástica em busca da poesia visual, aquela que surge da contemplação, do olhar sem a interferência do discurso verbal.
Telefone: (21) 99201-0417
Valores: R$ 500 a R$ 5 mil
Site: www.gabrielbertazzoli.com
E-mail: gabriel.bertazzoli@gmail.com