Os importantes sambaquis de Guapimirim

 

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Sernambetiba, Arapuan, Amourins, Fernando, Cordovil, Guapi e Guará-Mirim. São esses alguns dos sambaquis (que significa “monte de conchas” na língua guarani) encontrados aqui em nossa cidade. Ainda desconhecidos pela maioria quase absoluta da população, tais elevações eram habitadas por comunidades pré-históricas que viviam sobre montes altos e secos formados pela aglomeração de material oriundo de moluscos e areia.

Os sambaquis são um dos mais importantes sítios arqueológicos do estágio arcaico da costa brasileira e ajudam a revelar variações de regressão ou avanço do nível do mar. Os de Guapimirim (onde foram encontrados esqueletos humanos, ossadas de animais, objetos etc.) ajudam a estimar, por exemplo, que há aproximadamente 5 mil anos a Baía de Guanabara tinha cerca de três metros a mais acima do nível do mar. Os povos dos sambaquis ignoravam a agricultura e a domesticação de qualquer espécie. Viviam principalmente da pesca e da apanha. Também não possuíam instrumentos mais potentes de arremesso.

A cultura sambaqui desapareceu misteriosamente há quase 1000 anos. Há quem acredite que o povo tenha sido exterminado ou se aculturado aos tupis, sendo eles um importante alicerce para entendermos um longo processo da evolução do homem. Apesar de terem sido registrados mais de dez sítios arqueológicos em nossa cidade, nenhum deles encontra-se preservado atualmente. De qualquer forma, após um longo trabalho de campo, o Visite Guapi encontrou vestígios das escavações e também pequenas partes onde é possível recontar essa história. Infelizmente, a maioria deles se encontra em total estado de abandono por parte do poder público municipal.

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